Miguel Nicolelis desenvolve um projeto que visa a restaurar a mobilidade de corpo para os pacientes paraplégicos e tetraplégicos.
Líder do Projeto Walk Again, uma organização internacional criada por uma equipe de cientistas brasileiros, americanos, suíços e alemães, que visa a restaurar a mobilidade de corpo para os pacientes paraplégicos e tetraplégicos, Nicolelis tem como meta fazer um jovem paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014.
- Essa ideia nós tivemos há um tempo. Transformar o dia da abertura da Copa em uma data para celebrar o que a ciência brasileira pode fazer pela humanidade. Ou seja, no país do futebol o primeiro gol da Copa seria da ciência nacional - disse o neurocientista da Universidade de Duke (EUA) no "Arena SporTV" desta quarta-feira.
Segundo Nicolelis, pesquisas mostraram uma forma de ler os sinais elétricos do cérebro e decodificar as mensagens motoras para que uma vestimenta robótica reproduza os movimentos que a pessoa deseje fazer.
- O que eu trouxe para o governo brasileiro, e que foi muito bem recebida, é ter a Seleção Brasileira sendo capitaneada por duas crianças paraplégicas ou quadriplégicas, que elas andem até o centro do campo e que uma delas dê o chute inicial da Copa do Mundo - complementou.
Com o estudo ainda em fase de testes, o neurocientista disse que o próximo passo da pesquisa é fazer um macaco andar com a veste robótica e, no tempo restante até o Mundial, trazer esta realidade para os humanos.
Nicolelis também tem como objetivo fazer com que este projeto possa servir de motivador para a sociedade e ser entendido como uma espécia de "ida à Lua brasileira".
- É uma tentativa de utilizar a Copa do Mundo para galvanizar o interesse pela educação e ciência no Brasil. Queremos usar este período para envolver as escolas, as universidades, a sociedade - concluiu o cientista.
Fonte: sportv.globo.com
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